segunda-feira, dezembro 20, 2004

autobiografia IV

talvez você se assuste com esse meu jeito de te olhar aos poucos. deve achar que te analiso devagar, que estou montando um mapa na minha cabeça, que estou querendo alguma coisa, avaliando alguma coisa, esperando alguma reação sua. talvez não esteja acostumada nem nunca se acostume com minha mania de te tocar inteira: os cabelos que viro e reviro em seu rosto, sua bochecha, sua boca, sua orelha, seu braço que eu mordo de vez em quando, cada um dos seus dedos que eu toco levemente, a palma de sua mão, seus pés.
não, não te analiso. te curto e curto cada momento em que estou ao seu lado. te curto o tempo todo, me encanto com as mesmas coisas de sempre e me embriago de olhar pra você.
medo? não, não tenho medo do que você pensa. não tenho medo de parecer grudenta, mesquinha, possessiva. te curtir vale a pena. me encantar vale a pena. me fascinar com você é o que eu faço sem a menor carga de medo.

fox.